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Principal ponto turístico do Peru e Patrimônio Mundial da UNESCO, Machu Picchu é o sonho de viagem de muita gente. Do alto de seus 2.400 metros de altitude, a “cidade perdida dos Incas” é repleta de história e misticismo e requer bastante preparo para chegar até ela.

Veja a seguir dicas essenciais para sua viagem para Machu Picchu e como curtir ao máximo esse passeio inesquecível.

Quando ir para Machu Picchu

A melhor época para ir a Machu Picchu é quando chove menos. Nesse caso, geralmente entre os meses de maio e setembro. Em junho e julho, especialmente, a probabilidade de chuva é ainda menor, e melhor para fazer as trilhas Incas. Mas também, claro, é o período mais cheio de visitantes.

Onde comprar ingresso para Machu Picchu

De cara, um aviso: não é mais possível comprar ingresso para Machu Picchu na entrada do parque como antes. Portanto, deve-se comprar os bilhetes em Cusco ou Águas Calientes ou, ainda melhor, pelo site oficial do governo peruano. No site, há até uma versão abrasileirada, com opções só para Machu Picchu, para Machu Picchu + Huayna Picchu e também Machu Picchu + Montaña. Os valores atuais variam entre $62 e $71, com desconto para estudantes com carteirinha internacional.

Explicando cada ingresso: o ingresso de Machu Picchu tem acesso somente ao parque. Huayna Picchu é a montanha que fica acima de Machu Picchu, e que requer uma caminhada de uma hora para subir e outra hora para descer – spoiler: a visão geral do alto compensa qualquer esforço. Por fim, a Montaña fica ao lado oposto de Huayna Picchu, com trajeto de cerca de 1,5 hora o trajeto, um tanto mais cansativo.

Base em Cusco e Águas Calientes

Quem viaja para o Peru com a intenção de conhecer Machu Picchu, geralmente escolhe ficar em Cusco para base. Uma escolha das mais sensatas, diga-se. A cidade conta com bons hotéis e pousadas, ótima gastronomia, comércio variado e agitação noturna de bares e baladas com opções suficientes para garantir o antes e depois da viagem para Machu Picchu. De lá também pode-se fazer vários tours para cidades vizinhas e sítios arqueológicos bacanas.

Outra opção, mas infinitamente mais “calma”, é Águas Calientes. O vilarejo costuma ser a opção dos viajantes para dormir na noite anterior de subir para Machu Picchu (de ônibus ou a pé). Apesar de acolhedor e simpático, há pouco (ou quase nada) o que fazer por lá, portanto não vale gastar um dia inteiro.

Como chegar a Machu Picchu

Primeiro de tudo, depende de onde você voa. Da capital Lima a Cusco, por exemplo, leva 1 hora de voo (desde as grandes Avianca e LATAM, até as low-costs Star Perú e LC Perú fazem o trajeto). De carro, são mais de mil quilômetros (ou algo como 14 horas de carro) e de ônibus leva-se em torno de 22 horas de viagem (empresas como Cruz del Sur e Movil Tours fazem a rota).

Depois, existem duas opções para chegar a Machu Picchu de Cusco: a pé ou de trem. O trem para Machu Picchu sai de Poroy ou de Ollantaytambo com destino a Águas Calientes. A primeira fica a cerca de meia hora de Cusco (mas com poucos horários de trem no dia), enquanto que o segundo fica a cerca de 1,5 hora de carro de Cusco.

São duas companhias ferroviárias que fazem o trajeto: Peru Rail e Inca Rail, com horários e serviços semelhantes. A viagem é rápida: 1,5 hora. Vale comprar tanto online quanto nas agências das empresas situadas na Plaza das Armas, no centro da cidade.

Trilha Inca

Se Machu Picchu e trem não soa como uma combinação interessante para o seu espírito aventureiro, então é hora de encarar a lendária Trilha Inca. Trekkers de plantão vão se esbaldar com a aventura por entre selvas e montanhas por vários dias, em meio a muitas e belas paisagens históricas.

A Trilha Inca Clássica, a mais popular, leva quatro dias, e deve ser agendada com uma agência especializada – também com muitos meses de antecedência, especialmente na alta temporada.

Já a Trilha Salkantay segue um caminho alternativo e leva cinco dias. É mais barata e bem menos concorrida que a clássica, portanto pode-se marcá-la diretamente na agência em Cusco, alguns dias antes.

São muitas e muitas subidas e descidas que, aliadas à altitude e o peso da mochila nas costas, vão exigir um bom preparo físico. Quem quiser evitar a fadiga, pode contratar um carregador (“porteador”) para levar a mochila, o que alivia a dificuldade do trajeto.

Madrugando em Machu Picchu

É quase unanimidade entre os visitantes que o melhor horário para chegar em Machu Picchu é cedo o suficiente para ver o sol nascendo e cobrindo de dourado as montanhas e a cidade. Sem falar que não haverá ainda as multidões atrapalhando a chance de fazer a(s) foto(s) perfeita(s).

Portanto, a ordem é dormir cedo na noite anterior para pegar o primeiro ônibus, que sai às 5h30 da estação em Águas Calientes. Sempre lembrando que antes mesmo das 5h já vai haver fila de gente esperando pelo bus!

Precisa de guia para andar por Machu Picchu?

Com exceção da Trilha Inca (como mencionado antes), muita gente opta por fazer o passeio no parque de Machu Picchu por conta própria, caminhando livremente e seguindo algum tipo de livro ou guia ilustrado para entender os pontos principais.

Mas quem prefere mais comodidade e quer aprender tudo sobre a cultura Inca, pode contratar um guia. E nem precisa se preocupar com isso com antecedência, pois haverá muitos deles na entrada do parque oferecendo os serviços. Pode-se optar por grupos de cerca de 10 pessoas ou um tour particular, dependendo do seu orçamento. Os tours geralmente duram duas horas e são feitos em espanhol ou em inglês.

Chá de coca e dicas para curtir ainda mais o passeio

Você estará a milhares de metros de altitude, ou seja, bem diferente do que você está acostumado. Portanto sentir um mal estar vai ser inevitável (que pode incluir sintomas como tontura, enjoo e dor de barriga).

Para amenizar ou até impedir essas sensações, o melhor hábito será tomar muito chá de coca e mastigar folhas de coca logo que chegar a Cusco. Cuidado também com as bebidas alcoólicas, que farão “efeito” bem mais rápido que o normal lá em cima.

Você vai caminhar e muito por lá. Portanto, além do tênis confortável, não esqueça de incluir na mochila água, protetor solar, repelente, chapéu e algum lanchinho leve – há local para comprar alimentos lá, mas o preço beira o exorbitante.

Outra dica bacana, do tipo “souvenir”: é possível carimbar o seu passaporte com a marca especial de Machu Picchu. Basta procurar o carimbo que fica perto do guarda-volumes e guardar a recordação da viagem histórica.

Vale Sagrado dos Incas

Estando na região de Cusco, não dá para deixar de fazer também o passeio do Vale Sagrado dos Incas, outra das principais atrações do Peru. Aqui é indispensável um guia acompanhando e explicando o significado de cada ruína, e há dezenas de opções para contratar em Cusco.

O passeio de um dia inteiro abrange várias vilarejos e sítios arqueológicos às margens do rio Urubamba/Vilcanota, como Ollantaytambo, Pisaq, Chinchero e Moray. Suas ruínas da civilização Inca, repletas de histórias e misticismo, serão garantia de fotos absolutamente espetaculares. Ficou fascinado com Machu Picchu? Então prepare-se para desvendar os mistérios desse destino mágico!

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