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A lista de Patrimônios da Humanidade elaborada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) é sempre uma referência para conhecer lugares interessantes e de valor histórico pelo mundo. No Brasil, não é diferente.

Atualmente são 20 os sítios ou conjuntos considerados Patrimônio Mundial (13 culturais e 7 naturais) no Brasil, o maior índice da América do Sul.

Na lista a seguir, você confere os 13 Patrimônios Históricos e Culturais da UNESCO no Brasil. Seis deles são na região centro-oeste, sendo quatro somente em Minas Gerais.

Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas do Campo (Minas Gerais)

Em Congonhas do Campo, ao sul de Belo Horizonte, fica o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, construído na segunda metade do século 18. Consiste em uma igreja com um magnífico interior inspirado no rococó italiano; uma escadaria externa decorada com estátuas dos profetas; e sete capelas ilustrando a Via Crúcis. Nessa última estão as famosas esculturas do mestre Aleijadinho, feitas em pedra-sabão e consideradas obras-primas do barroco.

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Ruínas de São Miguel das Missões (Rio Grande do Sul)

As ruínas de São Miguel das Missões constituem um conjunto arquitetônico de renomada importância histórica, tanto que em 1983 foram tombadas pela UNESCO. A organização também incluiu as ruínas de San Ignacio Miní, Santa Ana, Nuestra Señora de Loreto e Santa María la Mayor, na Argentina.

Tratam-se de valiosos resquícios das cinco missões jesuíticas que foram construídas nos séculos 17 e 18 na então terra pertencente aos índios Guarani. Cada uma é caracterizada por um layout específico e em diferentes estados de conservação.

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Centro Histórico de Salvador (Bahia)

Como primeira capital do Brasil, entre 1549 e 1763, Salvador testemunhou como nenhuma outra a mistura das culturas europeia, africana e ameríndia. Foi também, a partir de 1558, o primeiro mercado de escravos do Novo Mundo, com escravos chegando para trabalhar nas plantações de açúcar.

Mesmo passados tantos séculos, a capital baiana conseguiu preservar diversos de seus edifícios renascentistas, com destaque para as típicas casas coloridas que ocupam o centro histórico, e que são um dos cartões-postais da cidade.

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Centro Histórico de Diamantina (Minas Gerais)

Uma das joias coloniais de Minas Gerais, Diamantina foi construída no século 18 em meio a um ambiente repleto de montanhas rochosas, estas recheadas de diamantes. Para a UNESCO, a cidade é um exemplo do triunfo do esforço cultural e artístico humano em contraste a um meio ambiente severo. Vide as construções de estilo arquitetônico mais simples do que em outras cidades históricas mineiras, mas de inegável charme e valor histórico.

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Parque Nacional Serra da Capivara (Piauí)

Um dos sítios arqueológicos mais antigos da América do Sul, o Parque Nacional da Serra da Capivara abrange uma área de 214 quilômetros de circunferência. Foi fundado em 1979, e é mundialmente famoso por suas cavernas rochosas cobertas de pinturas rupestres. Algumas pinturas foram feitas há mais de 25 mil anos e relatam a vida, os costumes, lendas e cultura do povo que originou a ocupação do continente sul-americano.

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Brasília (Distrito Federal)

A capital brasileira é considerada a maior cidade do mundo construída no século 20. Foi erguida no centro do país entre 1956 e 1960, pelo urbanista Lúcio Costa e o arquiteto Oscar Niemeyer. A intenção dos dois era de que todos os elementos – do layout das casas aos bairros administrativos (comparados à forma de um pássaro voando) até a simetria dos prédios em si – estivessem em harmonia com o design geral da cidade. Destaque, claro, para os prédios dos poderes oficiais da República, tão criativos e inovadores que encantam seus visitantes até hoje.

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Centro Histórico de Ouro Preto (Minas Gerais)

Fundada no final do século 17, Ouro Preto foi o ponto central da corrida do ouro no Brasil no século seguinte. Com o fim das minas de ouro no século 19, a influência da cidade decaiu, mas inúmeras igrejas, pontes e fontes permaneceram como testemunha do passado próspero.

Sem falar nos exemplares barrocos do talento excepcional de Aleijadinho, o maior dos artistas coloniais brasileiros. Afinal, não foi por acaso que Ouro Preto foi o primeiro local brasileiro a ser tombado como Patrimônio da UNESCO.

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Centro Histórico da Cidade de Goiás (Goiás)

Cidade de Goiás (ou Goiás Velho, para os locais) é um atestado da ocupação e colonização do Brasil Central nos séculos 18 e 19. A composição urbana é um exemplo do desenvolvimento orgânico de uma cidade mineradora, adaptado às condições do meio ambiente. Apesar de modesta, a cidade – rodeada pela Serra Dourada e cortada pelo Rio Vermelho – prima por sua arquitetura harmoniosa, que valoriza o uso coerente de materiais locais e técnicas tradicionais próprias.

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Centro Histórico de Olinda (Pernambuco)

Erguida na metade do século 16 pelos portugueses, a história da cidade é ligada diretamente à exploração da cana de açúcar. Chegou a ser um dos locais mais ricos do Brasil Colônia. Reconstruída após ser saqueada e destruída pelos holandeses, a cidade vizinha à capital Recife mantém seu charme, graças ao equilíbrio harmonioso entre seus casinhas coloridas, jardins, mais de 20 igrejas barrocas, conventos e inúmeros passos e capelas.

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Centro Histórico de São Luís (Maranhão)

Datada do século 17, a capital maranhense foi fundada pelos franceses e ocupadas pelos holandeses, até a chegada dos colonizadores portugueses.

O centro de São Luís é até hoje marcado pela arquitetura colonial e pelo plano urbanístico com suas ruas retangulares. Por causa de um período de estagnação no início do século 20, uma grande variedades desses prédios históricos foi preservada, tornando-a, para a UNESCO, um admirável exemplo de cidade colonial ibérica.

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Praça São Francisco, São Cristóvão (Sergipe)

Fundada em 1607, a praça quadrilateral do pequeno município sergipano é rodeada por prédios de importância histórica. Entre eles, Igreja e Convento de São Francisco, a Igreja e Santa Casa da Misericórdia, o Palácio e as residências de diferentes períodos históricos, entre os séculos 18 e 19. O conjunto arquitetônico cria uma paisagem urbana que reflete a história da cidade desde sua origem, com foco na típica arquitetura típica dos franciscanos, que ajudaram a colonizar o Nordeste brasileiro.

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Paisagens Cariocas, Rio de Janeiro (Rio de Janeiro)

Em 2012, a UNESCO tombou como Patrimônio Cultural da Humanidade toda a paisagem urbana do Rio de Janeiro, formada do ponto mais alta das montanhas do Parque Nacional da Tijuca até o mar.

O complexo abrange o Jardim Botânico, o Corcovado (juntamente com a estátua do Cristo Redentor) e as colinas em torno da Baía de Guanabara. Isso inclui, claro, a extensa paisagem ao longo de Copacabana, que contribuíram para tornar o Rio de Janeiro uma das cidades mais facilmente reconhecidas mundo afora.

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Pampulha, Belo Horizonte (Minas Gerais)

Mais recente adição à lista de Patrimônios da UNESCO no Brasil, o bairro da Pampulha, em Belo Horizonte, veio das mesmas mentes que criaram a capital Brasília – o arquiteto Oscar Niemeyer, o urbanista Lúcio Costa e o então prefeito de BH, Juscelino Kubitschek. A ordem, em 1940, era de projetar o bairro mais bonito do Brasil. As construções da Pampulha circundam a lago artificial de mesmo nome. Entre as mais famosas, estão a Igreja de São Francisco de Assis, com painéis de Cândido Portinari; a Casa do Baile; o Museu de Arte da Pampulha; e a marquise e os jardins que circundam a lagoa. Para a UNESCO, a Pampulha reflete o clima brasileiro, a influência das tradições locais e a inclusão de cenários naturais na arquitetura moderna.

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