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Com milhares de ilhas para escolher, a Grécia é daqueles destinos perfeitos para fazer absolutamente nada em paisagens paradisíacas e mergulhadas em história. Prepare sua roupa roupa de praia pois chegou a hora de embarcar em uma viagem nada menos que inesquecível para as ilhas gregas!

Cada ilha grega tem um segredo próprio, então não faz mal se você está em busca de cenários estonteantes ou uma viagem no tempo – essa lista possui alguns dos lugares mais perfeitos para você se sentir, com o perdão do trocadilho, um deus ou uma deusa grega!

Paros & Antiparos, Cíclades

Esqueça dos problemas da vida nas ruas pacatas de Paros

Para uma dose de adrenalina, andar de lambreta com o cabelo ao vento pelas estradinhas sinuosas da capital Parikia é a melhor maneira de ver Paros. Pela cidade, você vai reconhecer o típico mármore da ilha, brilhante e translúcido, que foi usado para esculpir a Vênus de Milo exposta no Louvre de Paris.

Você vai encontrar ainda mais esculturas de mármore se explorar a Panagia Ekatontapiliani, a Igreja das Mil Portas, do século 4. Na parte sul da ilha, as praias pertencem aos kitesurfistas que amam desbravar os famosos ventos das ilhas Cíclades.

A menos de dois quilômetros de barco de distância, a pequena e isolada ilha de Antiparos é a próxima parada perfeita para explorar os córregos azuis transparentes, pescar ouriços-do-mar, e caminhar por entre os cedros. Para quem não abre mão de tomar um sol, que tal deixar a roupa de lado nas praias naturistas espalhadas pela ilha? A praia de Soros e as enseadas em Agios Georgios são algumas das melhores opções para dar um mergulho pelado nas águas azuis-celestes.

Para estar ainda mais próximo à natureza, acampe em um dos vários campings organizados da ilha. A sombra das árvores, a brisa leve e o aroma das plantas selvagens são tudo o que você vai precisar para uma noite de bons sonhos.

Como chegar: vá de balsa, saindo dos portos de Piraeus, Rafina e Lavrio – a viagem varia de 3 a 5 horas, dependendo do tipo de balsa que escolher pegar.

Creta

O curioso Palácio Knossos, no Museu Arqueológico de Heraklion, em Creta

Creta é a maior das ilhas gregas, com mais de 1.000 quilômetros de costa para escolher. Conforme você vai dirigindo de costa a costa, inevitavelmente vai se encantar com a beleza natural da ilha, como suas montanhas e a vista do oceano.

Fique de olho nas placas marrons pela estrada que indicam os mosteiros e ruínas históricos que valem desviar o caminho um pouquinho. O Museu Arqueológico de Heraklion abriga uma coleção de artefatos da civilização Minoica, com destaque para os afrescos de 1.800 a.C, como o famoso Afresco do Touro do Palácio de Knossos.

Não dá para ir a Creta sem se entregar à dieta local, famosa por ser saudável e balanceada. Produtos da estação, peixe fresco, azeitonas, pão caseiro e queijos locais compõem a maioria dos pratos.

O jantar é servido tarde em Creta, em torno de 22h, então sirva-se antes de um refrescante Raki (drinque popular da Turquia à base de anis) e assista ao pôr do sol do alto de um terraço. Aqueles com paladar mais refinado podem deliciar-se ainda com os caracóis embebidos no azeite de oliva, suco de limão e tomilho – a epítome da “slow food” da ilha.

Complete seu dia sentindo-se o rei do Mediterrâneo, relaxando à beira da piscina de um resort 5 estrelas em Elounda, ou caia na balada na popular Malia.

Como chegar: a maneira mais fácil de chegar lá é voando, até os aeroportos Haniá, Iráklio (Heraklion) ou Sitía

Lêucade, Ilhas Jônicas

Qualquer esforço para chegar à praia de Egremni vale a pena

Dá para acreditar que você pode dirigir até essa ilha paradisíaca? Uma ponte minúscula une o continente a Lefkada, onde o visitante é recepcionado com baías com águas turquesas do Mar Jônico. As vistas mais lindas da ilha são dos penhascos brancos na praia de Egremni.

Siga para o interior até a antiga municipalidade de Sfakiotes, composta de diversos assentamentos históricos, para um passeio por entre o charme das oliveiras e os moradores balançando suas redes na varanda. Os dias preguiçosos por lá começam com um café gelado e terminam com um Ouzo (drinque de anis) geladinho para se refrescar do calor intenso.

O lugar mais animado para passar a noite é a praça de frente para a Igreja de São Espiridião em Lefkada, onde vê-se desde procissões religiosas até performances ao ar livre. A igreja fica entre restaurantes movimentados, então eis a desculpa perfeita para se esbaldar com as delícias gregas.

Como chegar: não precisa pegar balsa pois uma ponte liga o continente à ilha. Um ônibus de 5 horas desde Atenas é uma ótima opção para os que tiverem mais tempo. Se quiser voar, Lefkada não possui um aeroporto, mas no verão é possível pegar voos baratos saindo de cidades europeias vizinhas até a vizinha Preveza e depois pegar um bus de meia hora até Lefkada.

Samos, Ilhas Egeias do Norte

Os lindos vinhedos de uvas Moscatel ao longo da ilha de Samos

No leste do Mar Egeu, fica a ilha de Samos, lugar de nascimento de Hera, mulher de Zeus (segundo a mitologia grega). Apenas um dos três pilares construídos em sua honra no século 6 mantém-se por lá, em Heraion, considerado Patrimônio Histórico da UNESCO.

Explore a vegetação virgem que cobre a ilha, melhor admirada do alto dos montes Kerkis e Ambelos. Os que gostam de admirar pássaros, não podem deixar de passear ao ar livre para tentar avistar espécies endêmicas como aves de rapina, garças, pelicanos e até flamingos cor-de-rosa.

A história banha as raízes de Samos. Mate a sede por lá tomando um vinho doce Moscatel, especialmente durante o festival de vinhos todo início de agosto na capital Vathy. A uva Moscatel é histórica e que, dizem, foi usada pelos gregos antigos e mais tarde introduzida aos franceses através do comércio.

Há uma variedade de vinhedos clássicos que, graças ao isolamento, prosperaram enquanto o resto dos vinhedos da Europa foi destruído pela praga filoxera (pestes que põem ovos e impedem o crescimento dos vinhedos) no século 19.

Como chegar: via aérea, pegue um voo de 45 minutos de Atenas, ou pegue uma balsa de 3 a 4 horas desde Quíos

Quíos, Ilhas Egeias do Norte

As impressionantes fachadas de Pyrgi, uma das sete Mastichochoria (vilas de mástique)

Quíos é um dos segredos mágicos que os gregos pretendem manter assim. Perca-se explorando o vilarejo medieval de Mesta, construído como um labirinto fortificado, onde pode-se passear por entre túneis e dar de cara com terraços e propriedades privativas.

No alto da ilha, a cidade–fantasma de Anatavos esconde uma história trágica. Abandonada depois do Massacre de Quíos de 1822 (o assassinato de milhares de gregos por tropas otomanas durante a Guerra da Independência da Grécia), a cidade é um monumento nacional mantido por alguns poucos moradores que vendem produtos locais e mezedes (pratinhos de petiscos).

Quíos também é lar exclusivo da mástique, a única arvore que produz a goma mástique aromática. A região sul, Mastichochoria (que significa vilas de mástique), é um labirinto de sete vilarejos com ruas estreitas e fachadas intricadas.

Elementos decorativos em preto e branco compõem o visual da cidade. Mesmo a praia Mavra Volia parece imitar o esquema de cores, com as rochas vulcânicas negras contrastando com o azul profundo do mar e as pedras amarelas.

Como chegar: voe para Quíos saindo de Atenas (45 minutos) ou Creta (pouco mais de uma hora). Também há viagens de balsa regulares saindo de Samos que duram cerca de duas horas, ou de Pireas e Kavala, mas que podem levar até cinco horas dependendo da velocidade da balsa que você escolher.

Calímnos, Dodecaneso

Por do sol de um ângulo especial do alto da Gruta Grande em Calímnos

Se lagartear na praia não for o bastante, Calímnos oferece uma infinidade de atividades para os mais esportivos. Calímnos, bem pertinho da Turquia, é famosa pelas suas esponjas naturais. Uma das mais antigas formas de mergulho, identificada em obras de Platão e Homero, os mergulhadores podem explorar o fundo do mar para tentar encontrar o raro “ouro de Calímnos”, vendido nos mercados e fábricas de esponjas.

Durante a Páscoa e na semana seguinte, acontecem celebrações pela ilha, mostrando técnicas de mergulho e canções folclóricas sobre o animal marinho que trouxe fama à ilha.

Acima da água, a paisagem rochosa é um paraíso para os alpinistas, com milhares de trilhas de escalada bastante seguras. A Gruta Grande, uma ampla caverna com vista para o mar, oferece um impressionante panorama do pôr do sol para quem conseguir se pendurar a 50 metros em muro de calcário coberto com estalactites.

Como chegar: a solução mais barata para chegar a Calímnos é voar ou pegar balsa saindo de Atenas ou Bodrum até a ilha de Kos (pode-se também pegar um voo internacional diretamente para Kos, dependendo do país de origem). Siga para Pathia, o porto principal de Calímnos, em um passeio de balsa de alta de velocidade de 35 minutos; ou, pela metade do preço, uma balsa mais barata e mais lenta, que levará uma hora a mais.

Corfu, Ilhas Jônicas

Um drinque no fim de tarde para relaxar na praça Spianada, em Corfu

O centro histórico de Corfu em nada lembra o arquétipo grego de casas brancas e domos azuis, mas sim uma reflexão das forças francesas, venezianas e britânicas que lá governaram. Esse local considerado Patrimônio da UNESCO é um misto de prédios renascentistas e barrocos, particularmente a praça central Spianada, onde pode-se passear sob os arcos e rotundas cheios de sombra.

Além de alguns inevitáveis resorts, a paisagem é tomada por montanhas cobertas de árvores ciprestes. Os vilarejos no alto das colinas guardam antiguidades maravilhosas, como mais de 20 igrejas ao redor do da vila Ano Korakiana. Para tentar preservar esses vilarejos da deserção, a Trilha Corfu compreende mais de 220 quilômetros conectando paisagens intocadas e charmosas vilas, por caminhos lindos e agradáveis.

Como chegar: pode-se voar diretamente de várias grandes cidades, ou se fizer conexão na Grécia, pegue um voo de 1 hora de Atenas ou Thessaloniki

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Sobre o autor

Fanny OlhatsRodeada de marcadores e badulaques coloridos, Fanny está sempre escrevendo alguma coisa interessante sobre viagens. Semi-nômade e sonhadora em tempo integral, ela está sempre fuçando no Instagram para achar sua próxima inspiração de viagem. O que não pode faltar na sua mala de mão? Bloquinho de notas, lápis, chocolate e um livrinho com as 101 melhores piadas de “o que é, o que é?”.

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