A diversidade natural do Brasil é surpreendente. Mesmo abaixo da superfície existe uma infinidade de atrativos naturais. O nosso país é o quarto do mundo em quantidade, qualidade e extensão de cavernas. Ter tudo isso debaixo dos próprios pés é uma boa justificativa para conhecer esse mundo.
Lá em baixo tudo funciona diferente. Pouca ou nenhuma luz, muita umidade e formações rochosas no mínimo estranhas. Estar em uma caverna é voltar à infância e deixar a mente se inundar de curiosidade e teorias sobre esse mundo novo e pouco conhecido.
Viaje por estas 7 cavernas selecionadas pelo site de turismo Desviantes especialmente para blog da Momondo. Deixe-se levar e conheça um pouquinho do que existe por aí quando o assunto é caverna!
1. Caverna do Diabo – Eldorado/SP
Essa talvez seja a caverna mais turística do Brasil. A parte aberta para visitação tem escadas, passarelas, pontes e iluminação artificial. Acompanhado de um monitor, você vai caminhar por 700 metros conhecendo as estranhas e gigantescas formações rochosas que surgiram no interior da caverna durante anos e anos do gotejamento de água.
O nome é um tanto assustador para uma caverna. E fica ainda mais assustador quando você descobre que no seu interior existe uma formação natural que lembra a face de uma caveira, que quando iluminada, reflete uma luz vermelha nos supostos “olhos”. Esse clima de mistério é um dos motivos que leva tantas pessoas a conhecer o local.
A Caverna do Diabo é a maior do estado de São Paulo e fica no município de Eldorado, em uma região que abriga a maior concentração de cavernas da América do Sul.
2. Abismo Anhumas – Bonito/MS
O Abismo Anhumas é um dos tesouros da cidade de Bonito – MS, um dos principais destinos turísticos da América do Sul. Para quem vê de fora, o Abismo pode passar desapercebido, mas uma vez lá dentro, simplesmente você não vai acreditar no que estará vendo. A caverna tem 72 metros de altura e abriga um lago de águas absurdamente cristalinas chegando a 80 metros de profundidade.
Sabe como você faz para chegar até o fundo do Abismo Anhumas? Desce de rapel, uma técnica de descida em cordas. A descida tem 72 metros, toda em negativo, ou seja, você não apoia os pés. E tem mais! Uma vez que você está lá em baixo, você pode fazer flutuação nas águas cristalinas. Nessa atividade, você recebe colete salva vidas, máscara e snorkel para poder observar o fundo do lago e se espantar com as dezenas de cones de calcário, com quase 20 metros de altura.
Caso queira conhecer mais sobre Bonito, confira as dicas do Desviantes sobre o destino.
3. Poço Azul – Chapada Diamantina/BA
O nome é bem sincero e apropriado. A caverna do Poço Azul é toda inundada por águas cristalinas e azuladas. A profundidade é de 16 metros e o bacana é poder flutuar com máscara e snorkel para ver as rochas no fundo da lagoa.
Para ver a água em seu azul extremo, você deve visitar a caverna de fevereiro a outubro e entre às 12h30 e 14h. Nesses períodos o raio de sol entra pela boca da caverna e a água iluminada reflete um tom azulado muito forte.
É um passeio recomendado para pessoas de todas as idades. Você pode chegar de carro até a boca da caverna e o único esforço físico será a escadaria de acesso até a lagoa. O Poço Azul está no município de Nova Redenção na região da Chapada Diamantina.
4. Morro Preto – PETAR/SP
Uma das obras primas do PETAR (Parque Estadual do Alto do Ribeira), a caverna do Morro Preto possui uma das mais belas entradas de todas as cavernas do parque. E olha que não são poucas, são mais de 350 catalogadas. A vista de dentro para fora é um dos cartões postais do PETAR.
O percurso aberto para visitação é pequeno, apenas 100 metros, mas é o suficiente para chegar até um mirante de onde se tem uma visão completa da boca da caverna e do raio de luz invadindo o seu interior.
Lá dentro, foram encontrados vestígios de povos primitivos, que provavelmente utilizavam a caverna como abrigo. É muito interessante tentar imaginar como seria a vida daquelas pessoas do passado que habitavam a caverna e como aquele lugar já deve ter sido palco de muitas histórias.
5. Complexo Aroe Jari – Chapada dos Guimarães/MT
Aroe Jari é o nome da principal caverna do complexo e da maior gruta de arenito do Brasil, com 1.550 metros de extensão. São, ao todo, três cavernas interligadas por trilhas: Aroe Jari, Lagoa Azul e Kyogo Brado.
Esse é um dos passeios mais bonitos da Chapada dos Guimarães. Além da caminhada, cada caverna tem o seu charme. A Aroe Jari guarda uma pequena cachoeira que despenca do seu teto. A Lagoa Azul tem uma lagoa natural de 6 metros de profundidade e com águas extremamente cristalinas. A Kyogo Brado é na realidade um grande corredor de 270 metros de extensão, com iluminação constante vindo das duas entradas.
A caminhada total tem em torno de 10 km e você precisa se preparar para enfrentar o sol e o calor na região. Mas fique tranquilo, uma vez dentro das cavernas, você poderá descansar em seus salões frescos e úmidos.
6. Terra Ronca – São Domingo/GO
Já ouviu o solo fazer algum barulho? No Parque Estadual de Terra Ronca, a terra não só faz barulho, como estremece com os sons dos rios que atravessam as cavernas da região. Está aí a origem do nome do parque. O local é um gigante complexo de cavernas, consagrado por especialistas do Brasil e do Mundo. São mais de sessenta cavernas “molhadas” e duzentas “secas”.
Terra Ronca é também o nome da caverna mais importante do complexo. A sua beleza começa logo na entrada. A boca atinge 96 metros de altura e 120 metros de largura. Em seu interior, salões de mais de 100 metros de altura são um espetáculo. Uma curiosidade é que uma vez por ano a caverna é o palco da cerimônia religiosa de Bom Jesus da Lapa, e o local se transforma em uma verdadeira catedral esculpida pela natureza.
A Terra Ronca sofreu um desabamento e se divide em duas áreas diferentes de visitação, a Terra Ronca I e Terra Ronca II. Na última, a grande atração é o Salão dos Namorados, uma área enorme repleta de estalactites e colunas de pedra, que dão a impressão de se estar em outro planeta.
7. Janelão – Januária/MG
Essa é apenas para deixar na vontade. O lugar é fantástico, mas ainda não está aberto para o turismo. O Janelão fica no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, que foi criado em 1999 e desde então só pode receber visitas de especialistas e pessoas autorizadas.
A Gruta do Janelão é formada por uma sequência de arcos majestosos, intercalados por aberturas circulares que fornecem luminosidade e permitem o crescimento de árvores de mais de 60 metros de altura. Tamanha a sua grandiosidade, que a gruta pode ser avistada a mais de 10 km de distância.
O interior da caverna é cortado pelo rio Peruaçu, que confere ainda mais beleza ao lugar. Esse mesmo rio se juntará as águas do famoso Rio São Francisco.
A região é ainda palco de outras cavernas sensacionais, como as Cavernas dos Anjos e do Tatu.
Gosta de viver experiências diferentes e conhecer lugares fora do comum? Faça uma visita à algum desses lugares. Uma sugestão para começar é visitar a Chapada dos Guimarães e suas cavernas. Confira os preços de passagem para Cuiabá, a porta de entrada para os Guimarães.