No mundo inteiro, música e dança são ferramentas perfeitas para unir as pessoas. Afinal, quem resiste a um ritmo contagiante? Nem precisa falar a mesma língua… apenas deixe o corpo comandar a emoção. A seguir, veja 10 tipos de danças folclóricas que fazem o mundo todo mexer!
Cumbia – Cartagena, Colômbia
A origem precisa da cumbia ainda é um mistério. Ao longo da costa caribenha da Colômbia, diversas cidades – de Barranquilla a Cartagena – disputam o título de criadores da cumbia, apresentando-se para espectadores curiosos os diferentes estilos regionais da dança. Uma coisa é certa: a cumbia, do africano “cumbe” (dança), é um coquetel de heranças dos povos indígenas, escravos africanos e colonizadores europeus. Cumbia tem a ver com seduzir, com cortejar. Os movimentos sensuais dos quadris, o levantar flertivo da saia, e talvez uma vela na mão, a mulher executa passos curtos que mal saem do chão enquanto o parceiro dança ao redor dela abandando as chamas. Muy caliente!
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Zaouli – Manfla, Costa do Marfim
A música das flautas e a batida dos tambores começam, e o dançarino mascarado pula em frente da multidão, batendo seus pés fortemente. Debaixo da ráfia esvoaçante e da máscara colorida está um membro da comunidade Gouro em Manfla, no centro da Costa do Marfim. Cada vilarejo do grupo étnico Gouro possui seu próprio dançarino, que se apresenta em festas e funerais, na esperança de fortalecer a produtividade, a união e a paz.
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Frevo – Olinda, Brasil
Uma das danças mais típicas do Brasil, o frevo alinha cerca de 120 movimentos diferentes, incorporando acrobacias, o levantar das pernas e a passos de capoeira. Nada mais belo que ver seus passistas em traje completo de frevo, que incluem os pequenos guarda-chuvas nas cores vermelho, amarelo, azul e verde, pelo estado de Pernambuco, e especialmente durante o carnaval em Olinda. A origem do frevo data do início do século 20, mas foi o mestre Nascimento do Passo que popularizou o ritmo nos anos 1950. A consagração final veio em 2012, quando a UNESCO declarou-o como herança cultural da humanidade. Nada mais merecido.
Kathakali – Kochi, Índia
Um pouco de atuação, um pouco de dança, e muita maquiagem são a receita para um show perfeito de kathakali. Perto das redes de pesca da Fortaleza de Cochim, os artistas de kathakali apresentam-se no palco ao som de percussões, trajando figurinos elaborados e executando cada movimento de corpo com impecável precisão e elegância. A mais de hora e meia gasta na maquiagem não é à toa; com o mínimo uso de movimentos de olhos e boca, os dançarinos interpretam nove expressões faciais que evocam emoções fortes, como medo, amor e raiva.
No século 17, a dança-teatro costumava acontecer sob a luz de velas, durante a noite toda, até a última chama se apagar. Hoje em dia, pode-se apreciar uma versão abreviada no Kerala Kathakali Centre em Cochim (Kochi).
Hopak – Kiev, Ucrânia
Derivado do termo em ucraniano “hopaty” (que significa pular), a hopak – a dança nacional da Ucrânia existe desde o século 16. Costumava ser apresentada em comunidades militares por soldados vitoriosos, que celebravam refazendo as cenas de batalhas por meio da dança, pontuada com saltos acrobáticos. O que já foi uma exibição exclusiva de testosterona masculina, a hopak dos dias atuais inclui também mulheres em roupas tradicionais dançando em uníssono, enquanto os homens mostram seus movimentos típicos.
Adumu – Quênia e Tanzânia
O quão alto você consegue pular? Para os homens da tribo Maasai, o adumu é parte de uma cerimônia do rito de passagem para a idade adulta – quanto mais alto eles pularem, mais fortes (e desejáveis) eles serão enxergados como. Os homens formam um semicírculo, cada um pulando o mais alto que puderem, sem que seus calcanhares toquem no chão, enquanto seus companheiros acompanham gritando e incentivando. Ainda que impetuosidade e coragem sejam peças-chave nessa vida seminômade de caça aos leões e manejo de gado, a elegância também é essencial durante o adumu, acentuada pelos mantos vermelhos e colares de miçangas do figurino.
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Footwork – Chicago, EUA
Como o nome em inglês já diz, essa dança original de Chicago tem tudo a ver com os pés. A trilha sonora perfeita para o footwork é caracterizada por uma batida rápida e samplers de músicas produzidos por artistas locais. Nomes como RP Boo e o falecido DJ Rashad, respectivamente pioneiros na dança e na música footwork, são verdadeiras lendas na cena footwork ainda nos dias de hoje. A dança não tem fronteiras – grupos de dança como THE ERA espalham a ideologia footwork, apresentando seus movimentos incríveis pelo país e pelo mundo. Requer bastante prática para ser um ás nos “mikes”, nos “running mans” ou nos “skates” (apenas alguns dos passos do footwork). Com um espírito parecido ao break dance, as batalhas de footwork estão sempre abertas para receber novos integrantes – então nada de timidez quando for a Chicago!
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Ote’a – Taiti, Polinésia Francesa
Ote’a, a dança tradicional taitiana, com seu vigoroso movimento das cadeiras e percussões animadas, encena as histórias do cotidiano com as mãos, enquanto os quadris estão em constante balanço. É realmente impressionante ver a técnica dos dançarinos mantendo a cintura mexendo enquanto executam outra coreografia a seguir. Visitantes também são mais que bem-vindos, basta se aproximar e pedir ajuda a um polinésio local. Capaz até de você sair vestido com uma saia floral, borlas e adereços típicos. Daí é só começar a balançar as cadeiras!
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Valsa vienense – Viena, Áustria
A valsa vienense imediatamente lembra a música de Johann Strauss, compositor vienense de mais de 500 valsas nos compassos 6/8 ou 3/4. Comumente categorizada como uma dança de salão competitiva, a valsa vienense é perfeita para impressionar os convidados em ocasiões especiais. Extremamente elegante e graciosa, a dança, quando executada propriamente, dá a impressão de leveza e flutuação, enquanto o par parece que desliza pela pista.
A valsa vienense nem sempre foi considerada uma dança da alta sociedade; vestígios dela podem ser vistos em publicações de 1774, sendo dançada por moradores rurais do interior da Alemanha. Hoje, e possível exibir seus talentos nas centenas de bailes realizados em Viena, a cidade que tornou a dança tão famosa.
Moshing – Washington D.C. , EUA
Sim, o moshing é tão assustador quanto parece. Não é preciso técnica – aqui a ordem é o empurrão, no meio de uma plateia de um show, deixando seu corpo levar pelo impulso de sons como punk, metal ou rock. O termo parece ter saído de Washington DC nos anos 1980, com a música song “Total Mash” da banda de hardcore SCREAM, encorajando os fãs a “mash it up” e dançar violentamente. Mash virou mosh, e a dança inspirou a formação dos “mosh pits”, círculos que se formavam naturalmente perto do palco, em shows ao longo do sul da Califórnia, onde o hardcore americano ganhava força. Vale tudo, então a ordem é liberar e experimentar. Desde que você não se importe em levar cotoveladas nas costelas ou um soco ou outro no nariz. Você certamente não vai voltar pra casa do mesmo jeito que chegou.
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